Commodities

As principais commodities com as quais trabalhamos por meio de nossos serviços de consultoria e programas subsidiados são óleo de palma, açúcar, soja, carne bovina, borracha, cacau, madeira e produtos florestais. Também trabalhamos com coco, café, algodão, banana-da-terra, alga marinha vermelha, abacaxi e karité. Sempre que trabalhamos com uma nova commodity, usamos nossos 20 anos de experiência em cadeias de fornecimento globais.

O consumo de soja está em alta, com maior uso na indústria de ração animal. Os principais desafios de sustentabilidade na produção de soja são a conversão de florestas e outros ecossistemas naturais, conformidade legal e respeito aos direitos das comunidades à terra. 

A mudança só pode ser alcançada em grande escala se vários agentes puderem trabalhar juntos para impulsionar o progresso. É por isso que nosso apoio vai desde o estabelecimento de compromissos até a compra responsável, a criação de capacidade interna de ação e o envolvimento com fornecedores, paisagens e o setor de soja.

A Proforest continua a apoiar a Coalizão Positiva Florestal do Consumer Goods Forum e o Soft Commodities Forum. E em 2018, lançamos o Soy Toolkit, um programa de capacitação para ajudar comerciantes, processadores de alimentos e varejistas a entenderem como progredir e realizar a compra responsável de soja.

Uma das principais commodities com as quais trabalhamos na Proforest é o açúcar, apoiando usinas, refinarias e marcas como Nestlé, PepsiCo, Kellogg, General Mills, Barry Callebaut e Mars para implementar seus compromissos de compra responsável. 

No nível de produção, trabalhamos com as fábricas para impulsionar práticas responsáveis em suas próprias operações e em sua base de fornecimento mais ampla. Também apoiamos a colaboração envolvendo várias empresas e fábricas para resolver problemas em uma base de fornecimento, paisagem ou setor. 

Os direitos trabalhistas são uma área de foco central para o nosso trabalho com açúcar, já que o cultivo da cana-de-açúcar frequentemente envolve pequenos produtores, trabalho manual e uma força de trabalho sazonal e migrante, o que aumenta o risco de questões de direitos humanos. 

Ajudamos a enfrentar com isso através da capacitação em direitos humanos, trabalho e questões de saúde e segurança, como Doença Renal Crônica (CKDu), manuseio seguro de pesticidas e identificação e gerenciamento de AVC. Também trabalhamos diretamente com as usinas para desenvolver e implementar políticas de direitos humanos, habitação, hidratação e recrutamento de trabalhadores.

70% do cacau do mundo vem da África Ocidental, dos quais 80-90% é produzido por pequenos produtores administradas principalmente com mão de obra familiar. O cacau é uma importante fonte de sustento das pessoas nos países produtores. Mas a cadeia de fornecimento do cacau enfrenta muitos problemas ambientais e sociais, incluindo baixa renda para produtores e trabalhadores, trabalho infantil, disparidade de gênero, desmatamento e degradação florestal causada pela expansão das fazendas.

É por isso que apoiamos as principais empresas da cadeia de fornecimento, ajudando-as a implementar compromissos de compra responsável por meio do desenvolvimento de políticas de desmatamento, planos de ação e tabelas de desempenho (scorecards) de fornecedores. 

Também trabalhamos com uma série de empresas de cacau e chocolate e estamos abordando as questões-chave na produção na escala de paisagem por meio do desenvolvimento do programa Asunafo-Asutifi Landscape, que visa combater o desmatamento e aumentar a produtividade do cacau e a subsistência dos agricultores. Além de nosso compromisso com empresas, somos membros do Grupo de Trabalho de Monitoramento e Avaliação e do Grupo Técnico de Trabalho Agroflorestal Inteligente em termos Climáticos.

Trabalhamos com mais de 50 empresas como AAK, Cargill, PepsiCo e Musim Mas, ajudando varejistas, fabricantes, comerciantes e refinadores a entender seus compromissos de compra responsável e implementá-los em toda a sua cadeia de fornecimento. Também trabalhamos diretamente com produtores de palma para melhorar as práticas de produção e ajudá-los a colocar em prática as melhores práticas ambientais e sociais.

A colaboração é essencial para causar impacto em grande escala. É por isso que apoiamos diversas iniciativas de várias partes interessadas, incluindo um apoio de longa data à Mesa Redonda de Óleo de Palma Sustentável (RSPO). Juntos, estamos acelerando a melhoria das práticas no setor de óleo de palma ao avançar o pensamento sobre responsabilidade compartilhada; assegurar que os Princípios e Critérios da RSPO permaneçam relevantes e os melhores da categoria enquanto os pequenos proprietários independentes recebem apoio para suas iniciativas de sustentabilidade; e melhorar continuamente os sistemas de garantia.

Coordenamos a TFA Africa Palm Oil Initiative, que reúne governos, empresas, sociedade civil e grupos comunitários para desenvolver um setor de óleo de palma sustentável na África. Também estamos promovendo o Palm Oil Collaboration Group (POCG) e seus vários grupos de trabalho: Grupo de Trabalho Ativo para a Estrutura de Relatórios de Implementação (IRF AWG), Produção e Proteção Além das Concessões (PPBC), Grupo de Trabalho para Questões Sociais (SIWG) e Grupo de Trabalho para Verificação Independente (IV WG). Também apoiamos a Coalizão Positiva Florestal do Consumer Goods Forum (CGF) para desenvolver e implementar seus compromissos e planos para o óleo de palma.

A crescente demanda por borracha natural e uma maior consciência dos riscos sociais, ambientais e de governança dessa commodity levaram a um impulso por mudanças. Os principais participantes do setor visam abordar questões relacionadas à produção e processamento de borracha, incluindo conflitos fundiários, abusos de direitos humanos e trabalhistas, extração ilegal de madeira e desmatamento. 

Apoiamos essa mudança positiva fornecendo suporte técnico para empresas no final da cadeia, bem como trabalhando diretamente com os produtores. Também impulsionamos a colaboração em todo o setor, facilitando e contribuindo para a Plataforma Global para a Produção Sustentável de Borracha Natural (GPSNR), desenvolvendo sistemas e diretrizes, e realizando estudos específicos para essa iniciativa. 

Por meio de uma outra colaboração com a Câmara de Comércio Chinesa de Metais, Minerais e Produtos Químicos (CCCMC), continuamos a apoiar o desenvolvimento de Diretrizes sobre a Borracha Natural Sustentável.

O coco é uma cultura dominada por pequenos proprietários. Os pequenos proprietários costumam ter baixa produtividade devido a uma série de fatores: envelhecimento das culturas; mudança nos preços do mercado de coco; altos custos de transporte; e falta de conhecimento, organização e suporte de infraestrutura. A demanda global por produtos de coco está crescendo, mas há uma falta de investimento para apoiar as necessidades dos pequenos proprietários.

São necessários novos investimentos na produção sustentável de coco para que os pequenos proprietários conheçam melhor as novas oportunidades e os riscos sociais e ambientais do setor.

Atualmente, o setor do coco carece de diretrizes em comum para moldar e garantir cadeias de fornecimento sustentáveis. Entretanto, está surgindo um interesse na compra responsável e uma colaboração crescente entre os agentes da cadeia de fornecimento graças ao Sustainable Coconut Charter.

O Proforest apoia esforços coordenados entre várias partes interessadas para impulsionar a sustentabilidade no setor de coco. Estamos trabalhando na avaliação da cadeia de suprimentos, envolvimento e questões em torno da produção responsável, buscando trazer nossa experiência e conhecimento de outras cadeias de suprimentos de commodities sobre a compra responsável de pequenos produtores.

A pecuária tem sido ligada às maiores áreas de desmatamento do planeta, principalmente no Brasil, Argentina e Paraguai. O Brasil é um dos maiores países produtores, exportadores e consumidores de carne bovina do mundo, e a pecuária também tem sido associada ao trabalho forçado, à apropriação de terras e a conflitos com comunidades indígenas.

Temos trabalhado em questões relacionadas à carne bovina no Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia e Austrália para impulsionar a sustentabilidade no setor pecuário e enfrentar os desafios mais urgentes. Nosso apoio às partes interessadas vai desde o aconselhamento estratégico e o desenvolvimento de compromissos e políticas, até o mapeamento da cadeia de fornecimento, avaliação de riscos, engajamento de fornecedores e capacitação para a implementação de políticas.

A Proforest é membro do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável do Brasil (GTPS), do Grupo de Trabalho Conjunto sobre Mudança do Uso da Terra da Mesa Redonda Global de Carne Bovina Sustentável (GRSB) e dos Grupos de Trabalho do Acordo de Desmatamento Zero para o Setor de Carne Bovina na Colômbia.

Embora a maioria de nosso trabalho trate de commodities de risco florestal, como cacau e óleo de palma, também trabalhamos com manejo florestal, legalidade da madeira e cadeias de fornecimento de produtos florestais. Apoiamos as práticas sustentáveis ao fornecer orientações graduais sobre o manejo florestal responsável às empresas de produção, com o objetivo de ajudá-las a obter a certificação para esquemas como o FSC, que lhes permite negociar com mercados globais sustentáveis. 

Quando se trata de madeira, a legalidade é fundamental para o nosso trabalho, que geralmente se concentra em dois instrumentos jurídicos internacionais: o Plano de açao FLEGT da UE e o Regulamento da UE para a Madeira (EUTR). Aconselhamos importadores sobre EUTR e outros requisitos legais, enquanto em países produtores, ajudamos governos e outros a estabelecer sistemas confiáveis de garantia de legalidade para FLEGT, EUTR e muito mais. Também oferecemos treinamento em verificação de legalidade da madeira para ONGs.

A árvore de karité é uma das espécies arbóreas mais importantes na região do Sahel, economicamente e culturalmente, sendo nativas de 21 países africanos. As castanhas de karité são um produto florestal não-madeireiro, as árvores crescem naturalmente e também são encontradas em parques agroflorestais. O karité, em suas diversas formas, é uma fonte importante de renda e alimentação para comunidades locais. A demanda global por manteiga de karité é crescente para o uso em cosméticos e como substituta equivalente à manteiga de cacau, conforme a regulamentação da Diretiva n° 200/36/CE do Parlamento Europeu, também conhecida como “Diretiva do Chocolate”). Como a colheita e o processamento das castanhas de karité são realizados principalmente por mulheres, a indústria do karité representa uma fonte baixa de renda para algumas das comunidades mais vulneráveis ou marginalizadas no cerne da cadeia de abastecimento. Porém, há várias questões críticas no que diz respeito à sustentabilidade destas cadeias, tanto para as pessoas envolvidas quanto para o ambiente em que vivem e trabalham.

Estamos trabalhando junto a empresas para fazer um levantamento dos principais riscos nas cadeias de fornecimento do karité, avaliando a conformidade destas empresas com os objetivos e indicadores do programa, fornecendo orientação e apoio técnico para melhorar as suas práticas de fornecimento responsável. As questões fundamentais que devem ser abordadas são, entre outras: o empoderamento econômico e estabilidade financeira dos coletores; sua segurança, saúde e bem-estar; assim como o acesso às terras e a proteção de seus direitos. Além disso, estamos analisando a proteção ambiental do ecossistema do karité para melhorar a segurança alimentar a longo prazo e para proteger os vulneráveis parques agroflorestais do karité.